As Raízes
Sentir tudo de todas as maneiras.
A Quinta da Baleeira pertence à mesma família há mais de 500 anos.
Os primeiros registos da quinta estão associados a Rui Pereira de Berredo, Senhor do Reguengo de Tavira e parente de D. Nuno Alvares Pereira, no séc. XV.
A quinta foi conservada de geração em geração, até à posse de Maria Luísa Pereira de Berredo.
Nascida em Tavira à beira rio, era uma senhora à frente do seu tempo, de grande caráter e amor pelo campo.
Somos os seus descendentes e queremos manter viva esta ligação, feita de conversas nos terraços à luz dos candeeiros, outrora de petróleo, risos dos “moços” (crianças), apanha de figos, sestas reconfortantes, chapéus de palha e falar algarvio.
A Terra
Derramar a Natureza
A Quinta da Baleeira é de natureza agrícola e a sua exploração era outrora levada a cabo pelos caseiros, que nela habitavam todo o ano.
Uma parte era arrendada para a produção, secagem e armazenamento de frutos de pomar de sequeiro (amêndoa, alfarroba, figo e oliveira) e cultivo de cereal.
A organização do casarío, a presença da eira e dos utensílios agrícolas no pomar assim o testemunham.
Por esta razão era uma Fazenda, palavra que significa “as coisas que devem ser feitas”, recursos, mercados ou produtos.
A parte não agrícola era utilizada pela família.
O Mar
A frescura das manhãs em que se chega
O mar exerceu uma grande influência na Quinta da Baleeira; outrora coberta pelo mar, os resíduos calcários sedimentares definiram a composição do solo, a seleção das culturas e a cor das suas flores.
O nome “Baleeira” (barco de pesca) está relacionado com a atividade da pesca da baleia, de grande importância para a região de Tavira até ao século XIV. O vibrante Porto de Tavira permitia a entrada de navios de alto bordo, adequados a este tipo de pescaria. A carne e o óleo das baleias eram trocados por trigo, escasso na região.