Tavira e as amêndoas: 1000 anos de paixão

Os Tavirenses sempre preferiram cultivar as árvores de fruto aos cereais, e as suas lavouras preferenciais a elas destinados na agricultura de sequeiro.

As amêndoas, os figos, as resinas, o mel, a cera e os feixes de cana de Tavira eram exportados a partir do seculo XVI para Inglaterra, a grande potência marítima na altura.

Os frutos secos resistiam ás vicissitudes das longas viagens e foram os primeiros frutos a serem transacionados a grandes distâncias.

Memórias da Quinta da Baleeira

A imagens das amendoeiras e o aroma e sabor das amêndoas acompanham as nossas memórias mais distantes na Quinta da Baleeira.

Normalmente eram as primeiras árvores a florescer; a data em que a flores espreitam é muito importante e dependente dos ciclos frio e de calor alternados a que as árvores estiveram sujeitas.

No Inverno a amendoeira adormece e é despertada pelos soluços da meteorologia.

Amenidades da Quinta da Baleeira

As flores amarelas que despontam alegres são o prenúncio da chegada das flores delicadas da amendoeira.

O clima ameno da Quinta favorece o florescimento precoce das amendoeiras; nas climas mais frios este é retardado para evitar que as flores (futuros frutos) sejam perdidos.

E então cada flor amarela é uma nova flor amarela, ainda que seja o que se chama a mesma de ontem.”

Álvaro de Campos

A colheita das Amêndoas no Verão

Lembramo-nos de partir as amêndoas com uma pedra, no Verão, de retirar o miolo e apreciar o seu sabor doce e aroma verde e frutado.

Nem todas as amêndoas eram doces, algumas tinham um sabor amargo que nos arrepiava e lembrava o seu carácter vegetal.

Ensacadas no Armazém da Amêndoa, iam connosco para a cidade no fim das férias, em sacos singelos e saborosos.

Traziam memórias boas, tão boas como os bolos de amêndoa do café Arcada com que festejávamos os aniversários.

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